Quero falar de um assunto extremamente importante para nós, mulheres: O câncer do colo do útero.
Infelizmente, esse tipo de câncer tem atingido muitas mulheres em todo o mundo, e a cada dia, o número de casos aumenta. O melhor remédio nesse caso é a prevenção, que é simples: é só fazer um exame ginecológico. Se for detectado no início, há 100% de chance de curo.
O câncer de colo de útero, como o próprio nome diz, é formado no colo do útero. Nessa parte, há células que podem se modificar produzindo um câncer. Esse tipo de câncer tem o crescimento lento e às vezes pode não ter sintomas.
Quais os sintomas do câncer de útero?
O quadro clínico de pacientes com câncer de colo do útero pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual, sangramento vaginal intermitente (sangra de vez em quando, secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais (nos casos mais avançados da doença).
O que causa o câncer de útero?
- Infecção pelo vírus Papiloma Humano (HPV): As mulheres portadoras desse vírus devem fazer exames mais frequentes com o seu ginecologista para detectar alterações sugestivas de lesões malignas ou pré-malignas. Esse vírus é uma das principais causas do câncer de útero.
- Vários parceiros sexuais e a falta do uso de preservativo.
- Má alimentação, fumo e falta de atividades físicas.
- Primeira gestação precoce e vários partos.
Como prevenir-se do câncer de útero?
A prevenção do câncer de colo de útero passa por cuidados e informações sobre o uso de preservativos, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a orientação sexual, desestimulando a promiscuidade (vários parceiros).
Em nível secundário de prevenção, está o exame ginecológico periódico. Fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero (Papanicolau) é a forma mais eficaz de diminuir a chance de ter esse tipo de câncer.
O que é Papanicolau?
Papanicolau é um teste que examina as células coletadas do colo do útero. O objetivo do exame é detectar células cancerosas ou anormais. O exame pode também identificar condições não-cancerosas como infecção ou inflamação.
Toda mulher deve fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero (Papanicolau) a partir da primeira relação sexual. Este exame deve ser feito anualmente ou com menor frequência (conforme critério estabelecido pelo médico).
Com é feito o exame?
É feito por um profissional (ginecologista) no consultório. Durante o exame vaginal, antes do exame de toque, um aparelho chamado espéculo vaginal é introduzido na vagina para que o colo do útero seja mais facilmente visto. Com uma espátula, o médico coleta células do colo do útero e da vagina e as coloca numa lâmina de vidro. Essa lâmina com as células é examinada em um microscópio para que sejam identificadas anormalidades que possam sugerir que um câncer possa se desenvolver ou que já esteja presente.
A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores ao exame. Além disto, o exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode alterar o resultado.
Se o primeiro resultado der negativo, a mulher deverá fazer novo exame preventivo em um ano. Se tiver um resultado negativo no ano anterior, o exame deverá ser repetido em 3 anos.
Como tratar o câncer de útero?
O tratamento das pacientes com esse câncer baseia-se na cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento a ser realizado depende das condições clínicas da paciente, do tipo de tumor e de sua extensão. Quando o tumor é inicial, os resultados da cirurgia radical e da radioterapia são equivalentes.
O tratamento cirúrgico consiste na retirada do útero, porção superior da vagina e linfonodos pélvicos. Os ovários podem ser preservados nas pacientes jovens, dependendo do estágio do tumor: quanto mais avançado, mais extensa é a cirurgia.
Lembre-se: a prevenção é o melhor remédio. Prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo.
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