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domingo, 1 de abril de 2012

Hipertensão arterial pulmonar, uma doença rara, atinge mais as mulheres


O sintoma mais frequente desta doença é cansaço ao fazer esforços. Como você vê, um sintoma comum a inúmeras outras doenças, o que dificulta seu diagnóstico. Mas se você apresentá-lo, procure logo um médico, até questione-o sobre a possibilidade de ser hipertensão arterial pulmonar. Quanto mais cedo for identificada e o tratamento começar, menor o risco de levar à insuficiência cardíaca, que às vezes é fatal.


A hipertensão arterial pulmonar caracteriza-se pelo aumento progressivo de pressão sanguínea nas paredes das artérias pulmonares, que levam o sangue pobre em oxigênio do lado direito do coração aos pulmões, onde o dióxido de carbono é trocado pelo oxigênio. A doença dificulta a passagem do sangue. O coração se vê obrigado a fazer cada vez mais força para bombeá-lo. Também impede que os pulmões captem o oxigênio de modo adequado.

A doença é rara. Ocorrem 15 casos em cada grupo de 1 milhão de indivíduos adultos. É mais frequente dos 35 aos 55 anos. Embora não se saiba por quê, ocorre mais nas mulheres. Infelizmente, ainda não existem estatísticas sobre ela no Brasil.

O principal problema desta doença é que não produz sintomas específicos. O sintoma mais comum é cansaço ao fazer esforços, que pode ser indicação de muitas outras. Por isso se demora a diagnosticá-la. Outro sintoma é falta de ar. À medida que a doença avança, pode provocar inchaço nas pernas, tosse crônica, aumento do volume abdominal, tonturas e desmaios. Todos sintomas inespecíficos. Se o médico não pensar na doença, não a diagnostica.

Ela pode ser idiopática, isto é, não ter uma causa definida, ou resultar de doenças reumatológicas, como esclerodermia e lúpus, de esquistossomose e de doenças cardíacas e pulmonares, entre elas a embolia. Hoje se sabe que a hipertensão arterial pulmonar pode também ser herdada geneticamente. O mecanismo de sua formação é o seguinte: as doenças citadas inflamam as paredes das artérias pulmonares, o que leva à formação de tecido cicatricial. Isso reduz o espaço no interior das artérias e dificulta a circulação do sangue, causando a hipertensão. No caso da idiopática e no da genética, existe o tecido cicatricial dificultando a circulação do sangue, mas a história clínica do portador não consta nenhuma outra causa de base.

A hipertensão pulmonar tem grande impacto na vida dos portadores. Eles vão perdendo a capacidade de desenvolver até suas atividades corriqueiras. O mais grave, contudo, é que o excesso de força que o coração faz pode levar à sua insuficiência, o que às vezes é fatal. Pessoas com os sintomas citados, mesmo sendo inespecíficos, precisam consultar um clínico geral, cardiologista ou pneumologista. Caso tenham casos de hipertensão arterial pulmonar na família, devem dizer-lhe, porque fazem com que pense nela. Os exames que identificam a doença são a ecocardiografia, que verifica a disfunção cardíaca e a presença da hipertensão pulmonar, e o cateterismo do coração direito, que mede a pressão arterial. É fundamental investigar também, com exames de sangue ou de imagem, as possíveis causas associadas.

O tratamento da hipertensão objetiva facilitar o funcionamento do coração, para que não se torne insuficiente. É feito com remédios por via oral ou inalatória. Uma boa notícia é que, com a chegada de novos remédios ao país no final de 2011, o custo do tratamento caiu. Em São Paulo, aliás, são fornecidos de graça pela Secretaria de Estado da Saúde. Proporcionam bons resultados no controle da doença, porque, infelizmente, ela ainda não pode ser curado. Caso se descubra a causa da hipertensão arterial pulmonar, também esta precisa ser tratada.

Rogério Souza

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